que eu nada sou sem companhia!”. Longe vão os tempos das parelhas de pardais, a apodrecer no marasmo da hipocrisia.
Este mundo já não serve para princesas e eu só quero derreter na pressa dessas tuas mãos acesas, sem qualquer pose para a fotografia.
Tu ainda não sabes se me queres e a mim pouco me importam as indecisões que te espicaçam as lembranças e os dias (desde de que me apertes tanto quanto puderes e que me devores na mais voraz das euforias).
Não sei bem como me sentir, que eu por ti tenho frio e calor ao mesmo tempo… eu só espero que aterres na poesia que mostro na cintura e que me venças esta postura de quem lançou cinzas ao vento!
Adormeço convicta de uma indiferença que não existe, tenho sede e é tua boca que me pede água e na eminência da despedida visto a roupa plácida, que me despiste e é o teu corpo exausto que me esquece e resiste na posição inerte de uma tábua.
-Joana Nardo
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