O amor
passa sempre na minha rua, abranda, pára e continua, como quem segue a procurar.
Às vezes já nem espero (tantas foram as vezes em que nem o vi passar!). Vai
ligeiro com uma pressa que não aguarda nem recua, com uma cara que não é a tua e
traz um dos pés já pronto para não entrar. Tenho tempo e já não espero, acho
que resolvi escapar também: trilhar caminho nas minhas pedras, começar do zero…
andar sozinha sem procurar alguém!
O amor ainda não o vi, mas logo te encontrei
a ti e o tempo mal passou que ainda é cedo! Ainda não sei se me enganei ou
confundi, mas sigo ali, como quem tem a certeza a ferro e medo. Não sei se
espere agora eu por ti, sorte seria achar-te aleatoriamente justo à minha primeira
paragem… mas deixar para trás este entusiasmo em que me senti, seria a covardia
que eu tanto temi, era dar a cara à sacanagem! E é este o desabafo, que não controlo ou, que
ainda menos eu abranjo ou compreendo. Não sei se este é o silêncio que pede a
calma, ou de um amor de ainda novo na alma, já me vai apodrecendo!!!
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