sábado, 12 de maio de 2012

em busca da reciprocidade


    Estou-me a desfazer das balelas rascas –já não há dó que suporte esta conversa  tendenciosa e subtil que te implora ao reconhecimento e pena imediatos! Recuso-me a despir aquilo que sinto num cenário onde as baladas soam longe e o fracasso me ameaça após a sua recorrência.

Confesso que me incomoda esta postura que trago: a figura de braços lassos e desistentes, com uma esperança que desconfia, derrotada! Lembro-me do que fui outrora e fico desolada. Suspiro ao constatar que não fui capaz de impedir que me deturpassem as convicções, mas nem me atrevo a responsabilizar-te por uma culpa que não é sequer atribuível.

Chateio-me por lamentar-me tanto em perder-te, quando na realidade, nunca te cheguei a ter! Aliás, como pude eu esquecer as noções para viver sem ti, se foi aquilo que fiz praticamente a vida inteira?

Há muito que larguei o leme, pouco ou nada me importa o descontrolo sob este rumo que levo! A minha demanda imprecisa e essa necessidade de se ser feliz, desencontraram-se, nunca chegaram a andar mãos dadas… Tardei pouco em esquecer a urgência de me adaptar às circunstâncias que apenas me levam aos términos restritos da trivialidade.

Então vencida e cansada, sem saber bem para onde dirigir este grito, eu admito: apenas imploro por transparência, eu só exijo reciprocidade, uma permuta invisível de respeito mútuo e infinito!!!

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