E o teu olhar em mim indagava, talvez, o toque etéreo, inflamável, que nos meus olhos a carne prometia! Buscar num olhar desaustinado o desafogo aluído e agradável é caminhar brusco em ponte instável, é desafiar acender-me como candelabro em plena luz do dia!
"Ah pudéssemos amar-nos sem que existíssemos e possuír-nos sem que ali estivéssemos" apartámos nossas mãos geladas, como se agora o desejo nos fosse alheio ou meramente domesticado! Amar também é abordar as faces de um rosto exímio, num beijo evasivo e disciplinado!
Mas mais não me ralo, a mim já não me faz caso o amor! Sentir teu beijo controlado e superentendido é receber fogo suave na pétala de uma flor, é vestir sexualidade, má índole, na elegência de um vestido!
Amar deveria ser assim mesmo, edifica-lo na insegurança de uma talvez! Querer-te sem promessas, compromissos, juras ou palavras, ser sempre a tua princesa do "Era uma vez"...
Joana Nardo.
Sem comentários:
Enviar um comentário