segunda-feira, 19 de julho de 2010

“Sempre que eu insisto eu esqueço que existo. Agora sim não falo só por mim, eu quero-te a provar do que é teu.”





E a cada intenção falhada é apenas mais uma bofetada, já estava previsto! À flor mais bonita do jardim é-lhe dada a esmola em água, coitada, quando indaga o azul fundo que o dia lhe dá no céu!

Cismo amor, teimo tanto e fico triste… as horas escorrem intermitentes no desagrado com que se desprendem as lembranças que tenho tuas! E no fim, o rosto fica molhado, gritar vigorosa para tua surdez é como o miserável que se arrasta cansado na lucidez onde se prolongam, compridas, as ruas…

Na escassa possibilidade que cesses essas melodias alheias que te entretêm e que me esquecem, experimento o desassossego e inquietação que me confere a ambiguidade das incertezas! Anulo-me numa espera doentia de que só os desgostosos padecem, para quando te cansares de usar bijutaria que só os pequenos merecem, te assegurar a riqueza digna da mais exuberante e nobre das realezas!


-Joana Nardo

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