quarta-feira, 12 de setembro de 2012
5 letrinhas apenas, um gatinho fedorento;
terça-feira, 19 de junho de 2012
contra-ataque do desejo errado
sábado, 12 de maio de 2012
em busca da reciprocidade
quarta-feira, 2 de maio de 2012
reflexões da consciência avinagrada
terça-feira, 3 de abril de 2012
abismo dos critérios
Falaram-me de como os encadeamentos lógicos dos pragmáticos facilmente esmagam os fundamentos onde se debruça a imaginação dos idealistas. Sinceramente, não tomo partidos nem me acuso. Recuso-me a ceder aos rótulos a que me forçam e lastimo, com franqueza, essas tendências que teimam em me dirigir! A minha isenção inibe-os dizendo “nada é pleno e muito menos absoluto!”;
Em todo o caso, se há coisa que julgo realmente não entender é a discrepância entre a lógica de Vénus e a tão proclamada coerência de raciocínio masculino! Não há palavras que consigam descrever o riso que me insiste quando os vejo dizer, indignados, “como se fosse possível entender as mulheres!!!”…E quando me cessam as gargalhadas, num intento de reconforto, abrando num sorriso solidário, com a garantia de que dificilmente existirá alguém na minha trupe que vos preveja ou compreenda!
Reconheço-me, então, como a eterna espectadora das causas tresmalhadas. Revejo sucessivamente o desenrolar repetido dos acontecimentos:
-Elas, que se desdobram, deturpam e se transfiguram; indagam-lhes os gostos e tendências e ensaiam-se para se apresentar como fatais e derradeiras. Como é óbvio depois desolam-se, pois nada parece ser efectivo e suficiente. E atrapalham-se nas mais diversas inversões de marcha, não sabem bem por onde recomeçar…
-E eles de postura segura, sóbria e inabalável; dizem não buscar nada nos términos do que se denomina como concreto. Vão-se entretendo nesse malabarismo excessivo, onde surgem elas postiças e dedicadas afim de lhes converter os sonhos patéticos, na mais inebriada realidade; Despertam vazios e prostrados! Essa demanda, que recusam reconhecer afinal existe, mas dificilmente se manifesta! E o que ontem pareceu sensato e acertado, revelou-se no reflexo irreflectido dos sentidos. Tombam e reerguem-se vez após vez, justificam o seu insucesso com o abismo de critérios que nem existe e prosseguem;
Eu gosto de imaginar que me situo no intervalo entre uma realidade e a outra, mas confesso que ainda não consegui perceber o que é realmente necessário para cessar este ciclo infinito e viciado que dificilmente se interrompe… É que eu também quero jogar, mas a este ritmo, não sei bem quando será a minha vez!
sábado, 24 de março de 2012
monólogo dos desacompanhados
É estranho o magnetismo que me causa a acidez com que me olhas, o impacto com que me atingem as palavras ásperas que me diriges... Penso que o que me mantém à espreita é a ambiguidade com que adequas as ideias aos teus verdadeiros propósitos. Acabo por dar sempre por mim desconfiada, pois tudo em ti é novo e me experimenta e as conclusões que teço fraquejam na ausência de experiências prévias.
Intriga-me a convicção com que me negas e aprecio o avanço que me dás quando planeias imobilizar-me em argumentos implacáveis, que me espetam como pregos firmes e sucessivos;
Eu bem sei que a minha resistência se apresenta a ti como ridícula e exagerada, mas será realmente descabido sobrepor a impaciência das minhas intenções ao teu cepticismo viciado, que a mim não se adequa nem aplica?